Isaias RibeiroComo prevíamos há 26 anos, a cultura do Amazonas hoje, é um vulcão em plena erupção , com uma política cultural em plena evolução.
Manaus hoje, é uma grande metrópole cultural, com grandes atrações nacionais e internacionais e como nos tempos áureos da borracha, quando grandes grupos teatrais e óperas vinham direto de Paris, hoje, alguns grandes espetáculos e grupos musicais, cantores e cantoras internacionais se apresentam primeiro em Manaus, para só depois se apresentarem nos grandes centros culturais do país, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba , Porto Alegre etc.
O calendário cultural de Manaus´só perde em termos de atrações para São Paulo e Rio de Janeiro, grandes espetáculos como o festival de ópera e o festival de cinema são comparados aos grandes espetáculos realizados em cidades da Europs e Amaricanas.
Mas, olhando para o passado, podemos ver como foram plantadas as sementes culturais que floreceram e deram frutos, transformando o Amazonas num grande celeiro de cultura.
Vale aqui resaltar, os movimentos literários, através do Clube da Madrugada, com escritores fenomenais, alguns já partiram para a eternidade e outros que continuam a produzir grandes livros que mostram o alto nível de nossos intelectuais.
Também os artistas plásticos que produzem uma infinidade de telas maravilhosas, alguns até expondo nas grandes galerias do mundo.
Os artistas de teatro, grandes abnegados lutadores de uma política cultural, os cantores e cantoras que mostraram ao mundo a música fantástica que é cantada em Manaus.
Temoa aqui em Manaus até o melhor e maior ventriloguo do mundo, o Oscarino com o seu Peteleco. Os cartunistas e chargistas amazonenses hoje, não deixam nada a dever aos que atuam em outras capitais.
A cultura do Amazonas hoje, é tão exuberante que tenho receio de nominar alguns e esquecer outros, mas quero falar uma coisa, tudo isso jamais chegaria onde chegou, se no passado não tivessemos chamado a atenção de quem fazia cultura e de ,quem promovia a cultura e fizeram exatamente tudo aquilo que pedíamos em 1983 e 1984.
Como disse Jaime Pereira ex-presidente da União Brasileira de Escritores-UBE-Am, em um artigo publicado no Jornal "A Critica" em 28/08/84, ''de repente Isaias Ribeiro abriu um cantinho de "A Critica' e, em pouco tempo, superou as expectativas; 76 cartas com poesias pedindo oportunidades, saindo do anonimato, exigindo passagem".
O cantinho ao qual ele se referia era o "Espaço Artístico", uma coluna de cultura que escrevi durante um ano na pagina 2 do Suplemento Revista Nacional, que consegui através de meu nobre amigo Plínio Valério e do único patrocinador deste espaço, o comerciante de ótica João Marcos.
Antes porém, eu Isaias Ribeiro, Plínio Valério e Gabriel Andrade sensibilizados com a falta de divulgação dos artistas amazonenses, criamos a COART-Comissão de Apoio aos Artistas Amazonenses, que buscou a parceria de vários orgãos de comunicação para divulgar os artistas do Amazonas. É bom resaltar que naquela época divulgar artistas não era uma tarefa fácil, pois os orgãos de comunicação não tinham espaços para os artistas locais e nós com tenacidade e determinação conseguimos furar um bloqueio que existia contra os artistas e intelectuais amazonenses.
Abri também um cantinho cultural na pagina do ''Espaço Artistico'' para os artistas e intelectuais como Áureo Mello, que depois virou Senador e Zezinho Correa hoje, uma grande estrela desta constelação de artistas amazonenses os quais eu tive a honra em divilga-los. Para comprovar estes fatos vejam aqui neste blog como tudo começou:
